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Festa do Bloco As Raparigas de Chico Buarque 2016

 


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Bloco As Raparigas de Chico Buarque enchem o Centro da capital de poesia no Sábado de Carnaval

O Bloco Carnavalesco “As Raparigas de Chico Buarque” (Ano V), se concentrará na Av. Tabajaras, em frente a “O Sebo Cultural”, no sábado de Carnaval, dia 06 de fevereiro, a partir das 3 da tarde.  O Bloco homenageia o cantor e compositor Chico Buarque de Holanda, através da reunião de fãs e admiradores do artista e suas composições, em um animado e poético carnaval. À base do “concentra, mas não sai”, o evento acontece desde 2012. São aproximadamente 8 horas de folia ao som dos frevos, sambas, marchinhas e demais canções que popularizaram Chico Buarque e o transformaram em um dos mais importantes artistas das artes brasileiras. A força estética e poética das canções de Chico, através da interpretação dos grupos musicais e da maioria dos foliões que têm na memória a obra do compositor, enche de lirismo o ambiente e promovem um dos eventos mais peculiares do carnaval paraibano.

            Por tudo que agrega, o Bloco já é considerado um dos mais importantes do Estado. Ao sábado de carnaval somam-se a música de Chico Buarque e os impulsos e desejos brincantes de um público diverso, mas marcado pelas presenças de artistas, intelectuais, professores, jornalistas, profissionais liberais e demais amantes da boa música e do mais sublime carnaval. A expectativa é que este ano o Bloco reúna aproximadamente quatro mil pessoas em uma festa divertida, bem humorada e cheia de poesia, características que diferem e determinam o sucesso do Bloco.

O irreverente nome do Bloco foi uma sugestão de Ana Costa. Ela já tinha, desde 2010, a vontade de criar o Bloco para homenagear a Chico Buarque e sua obra. O Bloco foi viabilizado, no final de 2011, numa reunião em O Sebo Cultural que contou também com a participação de Silvia Patriota, Heriberto Coelho, Ademilson José, Deinha Claro, Socorro Pontes, Khívia Carvalho, Gilson Renato e Mana Lia, grupo diretor do As Raparigas de Chico Buarque.

            O Bloco amplia e qualifica a sua estrutura a cada ano e tem a participação da Orquestra Sanhauá sob a regência do “Maestro Teinha”, que acrescenta ao repertório os frevos mais tradicionais do nosso carnaval. Outros momentos importantes são a participação do Coral Voz Ativa, dirigido pelo maestro Luiz Carlos Otávio e o show do tecladista Fábio Torres, com participação do baterista Danilo. O bloco este ano convidou também a irreverente Banda “Mafiota” e o Dj Golô (Osvaldo Travassos). Com exceção dos clássicos do frevo e hinos, todo o repertório é composto pela obra de Chico Buarque. A Orquestra de Frevo Paraíso tropical, no chão, inicia, pontualmente às 3 da tarde, a animação tocando “A Banda” e sequenciando canções gravadas, principalmente, no coração do povo brasileiro.

O hino oficial do bloco é uma composição que tem letra e música de Ademilson José e arranjos do maestro João Linhares. Outros compositores também compuseram músicas em homenagem ao Bloco e que foram integradas à festa. O repertório e o próprio homenageado determinam para As Raparigas de Chico um público amante da boa música e da poesia; por consequência uma folia intensa, mas tranquila, divertida e, em sua mais lírica acepção, carnavalesca.

 

Serviço: Bloco As Raparigas de Chico Buarque; 06 de fevereiro, Sábado de Carnaval; 3 da tarde; Sebo Cultural da Avenida Tabajaras – Centro; Evento aberto com venda de camisas; Contatos: Sebo Cultural 32224438 / 9 9891-1775 (Renato)

 

Camisas: Arte de Kelisson Soares. Estandart Jandy Rocha.

 

TEXTO DE Linaldo Guedes "Que coisa linda é o bloco As Raparigas do Chico!
Em torno do Sebo Cultural (isso por si só já dá uma aura de magia ao bloco), centenas de pessoas, de artistas, de intelectuais, de jornalistas, de poetas cantando as músicas de Chico Buarque apresentadas num palco em plena Rua Tabajaras.
Sem trio elétrico, sem preocupação de dizer que levou 100 ou 500 mil pessoas à avenida, sem violência, sem bêbados inconvenientes, sem axé ou "metralhadoras" ridículas.
Lembra um pouco o Bloco Muriçocas do Miramar, quando este começou lá atrás. As Muriçocas aglutinava esse mesmo pessoal que estava nas Raparigas, com a mesma alegria e felicidade estampada nos sorrisos, nos passos carnavalescos. As Muriçocas original era pura, como também é hoje As Raparigas. Tinha seus princípios, como só tocar frevo. Hoje toca qualquer leseira que faz sucesso na mídia. Cresceu demais e hoje está mais preocupada em números e manchetes de que arrasta 500 mil pessoas às ruas de João Pessoa do que em manter sua identidade com a cidade e com os primeiros foliões que fizeram o nome do bloco.
Espero que As Raparigas de Chico mantenha o que vem apresentando nesses seus primeiros anos de Carnaval. Se o Bloco foi criado para reverenciar Chico Buarque, que seja assim sempre, sem abrir espaço para outras músicas. Se o bloco foi criado sem trio elétrico, só com um palco ao lado do Sebo, que assim seja sempre. Se o bloco foi criado na base do concentra mas não sai, que nunca invente de desfilar pelas ruas do centro ou da orla. Se o bloco foi criado valorizando os artistas da terra, que não mude isso nunca.
No dia em que mudar alguma dessas coisas, o bloco perde a indentidade e vira um bloco igual a qualquer um do Folia de Rua."

 

fotos:


 

 

 

 

 

Raparigas transformam avenida em belo ‘sanatório geral’

"A poesia encaixa perfeitamente com o Carnaval. Quem ainda não sabe disso deveria ter ido ver esse casamento fantástico na Rua dos Tabajaras, perto de um Lyceu e dentro e fora de um cebo. Cultural demais, esprangido demais, livre demais, despojado de preconceitos, comprometido com o livre pensamento e o livre dançar, dançar, dançar…

Raparigas de Chico – o bloco. Seis anos de existência de um grupo muito bem engendrado, que começou a chamar atenção nos três últimos. Encheu a via pública em paz. E ofereceu um desfile de beleza e misturas de roupas, idades, cores, vontades. Muito massa ver. E ouvir, então…

Na trilha sonora, a arte do homem que fez todas essas raparigas se reunirem num sábado de carnaval, no centro de João Pessoa. Chico Buarque passou com a banda e transformou o lugar numa imensa roda viva. Caetano Veloso, a convite de Cristovam Tadeu, fez homenagem divertida ao patrono das raparigas, que ainda viu suas lindas composições serem cantadas pela Orquestra de frevo Paraíso Tropical do maestro kiko, tecladista Fábio Torres e o baterista Danilo Cezar, Coral Voz Ativa dirigido pelo maestro Luiz Otávio, Banda Mafiota (Diógenes Ferraz, Felipe Gomes, Teo Filho, Geraldo Lima, Morgana Morais e Botelho Abrantes), Orquestra Sanhauá, do maestro Teinha, DJ Oswaldo Travassos. O palco foi coordenado pelo jornalista Gilson Renato." (Por José Carlos dos Anjos Wallach)